dimanche 24 février 2008

Um dia em Berlin


30/01/2008 - Berlim

Chegamos cansados, famintos e felizes depois de três ótimos dias em Roma. Jogamos as mochilas no quarto e descemos em busca de algo para comer. Acabamos num restaurante vietnamita onde nos atendeu uma simpática gordinha que não falava uma palavra de inglês (e muito provavelmente pouca coisa de alemão). Assim, escolhemos aleatoriamente o prato, pedindo na base de gestos e grunhidos.

Uma coisa era certa: era tão barato que mesmo que fosse péssimo estava valendo.

Fomos surpreendidos com dois enormes yakisobas que davam para alimentar umas quatro pessoas. Mesmo com muita luta, por honra, comemos até (quase) o fim.

“Cesta” feita, fomos explorar o albergue. Conhecemos um alemão meio doidão que trabalhava no bar e nos pareceu gente boa. Ele nos indicou alguns lugares para sair à noite.

Resolvemos dar uma volta e respirar os novos ares. Era noite e fazia um frio que dava saudades de Roma. Entao seguimos a Weinsbergsweg (a rua do Circus Hostel, nosso albergue) por uns 10 minutos até que o desconforto nos obrigou a entrar no animado pub que passávamos em frente. Aproveitamos a boa música para estreiar dois exemplares de Berliner de meio litro (padrão alemão fora Oktober) que empunhávamos com orgulho enquanto comíamos uns bons petiscos.

Lembro que em algum momento entre o primeiro e o segundo litro de Berliner fui invadido por uma sensação boa de que a nossa viagem estava começando: estava longe de casa num país que pouco conhecia e que sempre instigara minha curiosidade. Sabia que estava escrevendo uma nova história ali, com infinitas escolhas e caminhos novos a percorrer. Tudo era uma página em branco para mim.

Alguns dias mais tarde, em Viena, me diria um room-mate coreano que mal tivemos tempo de conhecer: “I hope this trip will make you a better person”. Acho que isso, essa sensação de evolução, explica minha felicidade naquele momento (potencializada por um não tão pequeno fator alcool hehe).

Ainda no mesmo bar conhecemos duas garotas espanholas. Não lembro muito bem do que conversamos, só que elas passariam o carnaval em Kohl (Colônia), onde dizem ser muito bom: um equivalente alemão de Cádiz.

Mais tarde, de volta ao albergue, fomos testar a noite da cidade. Por indicação do alemão do bar partimos em busca de um clube chamado Tresor onde, segundo ele, tocavam uns dos melhores DJs de música eletrônica de lá. Tivemos uma certa dificuldade em encontrar o local pois pouco parecia com a concepção que tínhamos de club até o momento: uma enorme construção de concreto com uma pequena porta onde de vez em quando um segurança mal-encarado resolvia aparecer.

Dentro, era como uma usina desativada. Sujo, escuro, com um som eletrônico pesado rolando e frequentado por algumas das pessoas mais esquisitas que já vimos.

Mesmo assim, ficamos algum tempo. Tomamos umas cervas, apreciávamos o que víamos como parte do turismo.

Acabamos a noite na fila de outra boate às margens do “Spree”, esta muito mais “comum”. Já era tarde e o frio era maior que o desejo de entrar então decidimos voltar pro hostel.

Comemos um belo sanduíche à 1 euro no kebab em frendo do Circus e dormimos felizes.

Aucun commentaire: